Ontem, comecei a quiltar meus trabalhos que estavam na lista de espera para serem finalizados. Eu sei que muitos irão rir da minha cara e me chamarem de "cagona", mas eu não vou mentir não: TENHO SIM MUITO MEDO DE QUILTAR! Sabe criança que tem medo do Bicho Papão? Pois é, para mim esse bicho se chama QUILTAR. É só chegar a hora de montar o "sanduíche" (topo + manta + forro) e eu logo começo a sentir frio na barriga, vontade de desistir e dizer "Chega! Não quero mais brincar!". Penso logo num novo projeto a iniciar a fim de adiar aquele momento sinistro em minha vida. Minha Nossa Senhora! Um dia desses, ainda sonharei com uma colcha em forma de "sanduíche", com perninhas e bracinhos, correndo alucinada atrás de mim, gritando "Vem me quiltar, vem me quiltaaaaar!!!". E eu, lógico, DESESPERADA fugindo dela como o rato que foge do gato, prestes a ser abocanhado. Se vocês estão rindo, eu digo que estou quase chorando...
Mas... como nem tudo pode ser sempre um mar de rosas, procuro pensar positivo, imaginar que estou saboreando uma deliciosa torta de chocolate com cobertura de brigadeiro e recheio de doce de leite com ameixa e sigo em frente. No final, GRAÇAS A DEUS, dá tudo certo! Se vocês quiserem saber mais detalhadamente o passo-a-passo de como montar o "sanduíche" e como quiltar uma colcha, visitem o blog da Tia Lili (Country Craft Studio - Arte e manhas da Tia Lili) que lá vocês encontrarão dicas preciosíssimas. Eu mesma tenho suas palavras em minha cabeça quase que como um mantra.
Vou tentar mostrar rapidamente como eu faço. Primeiro eu monto o "sanduíche" e o mantenho as três camadas unidas com alfinetes de fralda. A fita azul é para não deixar os tecidos deslizarem na mesa e desenquadrar tudo.
Uso uma ferramenta especial para fechar os alfinetes sem que seja preciso levantar muito a colcha da mesa e correr o risco dela sair do lugar.
Há quem use uma colher para fazer isso. Também pode! Mas como sou muito "patricinha" para essas coisas (Classificação vinda da minha própria mãe.), não sou muito adepta às improvisações, embora saiba que, muitas vezes, elas podem ser a salvação da lavoura. Sempre que posso, porém, procuro lançar mão das ferramentas originais.
Concluída essa etapa, é hora de definir que cor de linha usar. Em geral, as pessoas preferem cores mais neutras tipo bege, mas eu gosto de usar cores mais vivas, que sobressaltem no trabalho, desde que, claro, ela combine com os tecidos usados.
Nesse trabalho por exemplo, optei pela cor roxa, já que é um trabalho basicamente definido pelas cores verde e roxa. Tenho certeza que minha prima Camila irá ter um colapso quando souber disso, pois é a combinação preferida dela.
Escolhida a linha, chega o momento mais difícil: colocar tudo na máquina e começar a quiltar.
Gosto de usar essas luvas especiais, pois elas aderem melhor no tecido, evitando que a colcha fuja das mãos. Isso me ajuda a ter mais controle da situação. Têm pessoas que preferem usar suas mãos descobertas e se atrapalham muito quando usam luvas. Sendo assim, cada um deve descobrir o que é mais confortável para si. Procuro também manter meu ambiente de trabalho o mais organizado possível.
Definitivamente, eu NÃO CONSIGO trabalhar em meio a bagunça. Me tira completamente a concentração naquilo que estou fazendo. Por isso, antes de começar, dou sempre uma geral no espaço, embora, quase sempre, ele esteja nos conformes. Musica ambiente também ajuda a relaxar. Pode ser qualquer uma de sua preferência, o importante e se sentir bem.
Durante o trabalho, procuro me concentrar 100% naquilo que estou fazendo e mantenho meus olhos bem atentos à agulha da máquina. Uma olhadinha sequer para os lados pode ser fatal. Deixo minhas mãos seguras, porém livres aos comandos da máquina, e meus ombros, ah!, esses eu não consigo, ficam mais tensos do que elástico em cintura de gordo: na iminência de explodirem. Uma vez, quiltando a colcha de coeiros do Daniel, fiquei tão tensa, mas tão tensa que, no dia seguinte, acordei com dores no pescoço e nas costas. E olha que era apenas uma colcha de retalhos quadrados, ou seja, simples toda vida. Eu sei que muitos do vocês estão falando "Ai, que bobagem! Não precisa disso tudo.", mas eu vou te dizer que esse "Bicho Papão" ainda me intimida.
O bom disso tudo é que, quando acaba, você fica tão feliz, mas tão feliz, sem contar com a ENORME satisfação que se sente por ter concluído mais um trabalho... lindo diga-se de passagem.
Bjs e até a próxima postagem!
6 comentários:
Mari, querida, voce tenta tudo mesmo. Eu fiz uma oficina de quilt livre, achei dificílimo, fazer curvas então nem se fala. Eu quilto peças pequenas a mão, não me atrevo a fazer na máquina, pois tenho sérios problemas com ela, acho que preciso fazer uma maquinoterapia, será esse o nome do tratamento?
Mari, vá adiante as dificuldades lógico que são muitas, mas quando conseguimos executar os nossos projetos e vermos o quão lindo ficou, temos vontade de mostrar para todos, né?
Beijos saudosos, Fausta
Tia,
eu também acho a técnica do quilt livre dificílima! Tenho treinado em pequenos "sanduichinhos", mas ainda não me atrevi a fezê-lo em nenhum dos meus trabalhos não. Morro de medo!
Eu só quilto á máquina em linha reta. Quando o trabalho tem alguma aplicação, eu prefiro fazer a parte da aplicacão à mão, tipo pesponto. De vez em quando, me ateve a fazer um desenhinho também em "hand quilt", mas nada muito sofisticado.
Fiquei muito feliz de saber que vc já conhecia o trabalho da Tia Lili. Que bom que vcs estão mantendo contato também!!! Vcs já chegarão aqui super entrosadas!!!
Muitos beijos, Tia!!!
Com amor,
Mari
eu tb morria de medo (ainda tenho um pouco), mas acho o quilt livre tão lindo depoi de pronto, que mal vejo a hora de montar o sanduíche a mandar ver na máquina, pra vr logo o trabalho pronto!!
mas que dá medo, ah dá!! e muito!!
adorei o post
beijo
Olá, sou filha da Fátima - PAtch Bahia- ( fargtempos.blogspot.com - esse é o blog de minha mãe e o meu é mamababasales.blogspot.com), comecei a trampar com patch , tecidos e etc pelo incentivo de minha mãe, no meu blog você acho que não verá ainda meus quiltings, mas estou acabando uma encomenda e ja terminei outras,m está faltando atualizar assim como a lojinha... MAs vamos ao que interessa, minha ma~e é conhecida pelo seu trabalho com ursos e já fez quilt sim, porém uma vez me deixou tão horrorizada que se eu fosse medrosa , já jogava fora minha ma´quina, por necessidade financeira precisei ppegar trabalhos que as pessoas escolhiam o "matelassado" ou o quilt eu sempre "bicuda" me meti a fazer tudo.. li e reli muita histórias na net, até que encontrei uma Senhora ensinando colocar os alfinetes assim como você fez, porém sou adepta à particidade e um pouco confesso, preguiçosa, comprei 20 discos de alfinetes comun, sabe quel é né? aí fiz um edredom de berço em dois minutos.. srsr.. tipo me achando a rainha do quilt, claro que nã o ficou perfect foi o primeiro, mas todo o trabalho que estou fazendo é quiltado, todas as peças, apenas não quiltei os lençóis e o rolinho decorativo,, assim que eu acabar eu posto.. ma olha parabéns pelo seu trabalho.. e força vc é perfeita.
Oi mari, até que enfim achei alguém que assume ter medo do bicho papão...rsrrsr faço patch a dois anos e ainda não sinto segura para fazer quilting, estou fazendo um curso, mas estou me sentindo orfã, pois achei que a prof. ia me pegar pela mão feito fadinha e já na primeira aula me dixe """ me traga os sanduiches montado"""" ai estou morrendo de medo dele me pegar........
OI MACU
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